domingo, 30 de setembro de 2012

Está mais perto agora!




Oi, lindas amigas e queridos amigos!
Andei sem net um tempo...Mas, eis-me aqui novamente! Não deixei de visitar minhas queridas, mas não deu para comentar. Hoje, procurei deixar um recadinho para vários endereços, aos pucos, vou atualizando! Bem, da minha última visita ao cirurgião, ele me disse que o material que estava em falta chegaria no dia 15/09, e começaria a operar em outubro. Vai haver um mutirão de várias cirus no SUS, inclusive da bariátrica, mas ele me disse que eu não faria parte do mesmo, poderia me operar antes ou depois do mutirão, porque a minha ciru é metabólica, não iria misturar. Ele me pediu um novo risco cirúrgico, que fiz no dia 27/09, e um exame sanguíneo para ver a coagulação. Este farei amanhã, quando sair do serviço. Bem, pretendo ligar para ele no dia 02/10 para dizer que fiz e perguntar se ele tem previsão de alguma data para a ciru. Estou aguardando até que com pouca ansiedade, mas com grande expectativa, pois preciso clocar este marco em minha vida, sabe? Será o meu divisor de águas! Preciso também comprar algumas coisinhas e ando meio 'descapitalizada'. Preciso do respiron, de deixar uma graninha para arrumar o cabelo, as unhas, comprar peças íntimas, enfim, o básico, além da alimentação - leia-se fase líquida, que assim que a nutri me liberou para operar, em março, já recebi a prescrição da dieta. Puxa! Amadinhas (os), orem por mim, para que dê tudo certo! Volto logo! Bjinhos e tenham uma boa semana, fiquem com Deus!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Bom feriado!

Recados para Orkut

Amando-se

Oi, queridas e queridos leitores deste humilde bloguinho! Hoje quero mandar um beijão enorme e um abraço maior ainda para as queridas que conheci no consultório do hospital na última terça-feira, dia 04/09/12. Desta vez trocamos telefones e dei o endereço do blog para elas. Conheci a Ercy, a Luciene, a Pastora (como eu rsrsrs) Maria de Jesus, que também esperam pela ciru, e a Maísa, que já operou e está linda sem os 40 (ou será 44?) Kg eliminados.  A Ercy e a Mª de Jesus já estão na fila da ciru, como eu, e a Luciene estava lá para a sua 1ª consulta, dando início ao processo. Uma coisa não muda, quer autorizada pelo cirurgião quer dando início à caminhada: o sonho de uma nova história. Fazer a cirurgia representa um marco, um divisor de águas na vida da gente, uma oportunidade de ouro, dada por Deus, de escrevermos nossa história, trocando o fato de ser ponto de referência, as chacotas, piadinhas, apelidos, dentre outras coisas humilhantes e experiências dolorosas por uma trajetória de crescimento e conhecimento próprio, por vontade de viver e sentir novas coisas. Se tem um ponto que preciso tocar é na auto-estima. Todas as pessoas que operam passam a sentir-se aceitos e o constrangimento causado pelo preconceito torna-se coisa do passado. Como gostaríamos de ser aceitos pelo que somos interiormente e não pelo que temos ou aparentamos! O preconceito afasta as pessoas e cria um vão, um abismo de relacionamentos tão grande! Não importa se ele separa por conta da cor, da raça, da forma física, opção sexual ou religiosa, ou por qualquer outro motivo, esta separação causa feridas tão profundas e muitas vezes marca tão cruelmente o ser humano que o temor da rejeição substitui o prazer de se relacionar. Quero ressaltar a importância da autoaceitação, da autoestima, do bem querer a si mesmo. Como isto é difícil, quando muitos nos menosprezam e nos medem (ou seria ‘pesam’?) pelo nosso peso? Como é difícil, quando entramos numa loja e nos é tirado até o direito de presentear, pois já nos dizem: “não temos o seu número”, sem perguntarem se o que queremos é para nós mesmos ou para outrem. Com é difícil quando num lugar público as cadeiras são as famigeradas branquinhas, de plástico, e ou ficamos de pé ou colocamos uma sobre a outra, ou se nos arriscamos, passamos o tempo todo pedindo a Deus que ela não abra as pernas e nos faça esborrachar no chão – assim com eu, acredito que vcs já passaram por estas situações. Ou não? Mas, independente disto, é preciso se amar. Só assim poderemos amar ao próximo como a nós mesmos. Quando nos amamos, nos respeitamos e cuidamos de nós mesmos. Muitas pessoas são muito felizes e convivem bem com o excesso de peso, se aceitam como são e passam esta imagem a todos, o que é lindo! Vou lhes dizer que eu não estou entre elas. Gostaria de estar, mas não consegui. Eu não consigo conviver bem com o excesso de peso e com o diabetes e sonho muito com o dia em que estarei curada e livre dos remédios, das picadas de insulina na barriga, do mal estar, que minha mãe (saudades!) apelidou de “morredeira” e outros problemas relacionados. Vejo-me alcançando minha vitória em meus pensamentos, quando estou acordada em meus sonhos, quando durmo, coloco como prioridade em minhas metas, oro insistentemente por esta bênção. Se você também deseja algo, de todo o seu coração, não desista, lute, ore, siga o caminho justo para chegar lá. Então, é isto. Ufa! Se você leu até aqui, obrigada. Beijão, amigas, Mª de Jesus, Luciene, Maísa, Ercy. Que Deus nos abençoe muito e nos conduza a todas, inclusive a você, querida, que me visita e me lê. Obrigada a todas vocês.

domingo, 2 de setembro de 2012

A Canção de Qualquer Mãe

Para meus amados e queridos demais Erick Felipe, Andrew e Giullia, para expressar meu amor por vcs! O Texto é da Lya Luft

"Filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei
ou mereci ou imaginei ter."


Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.
Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.
Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.